quarta-feira, 20 de janeiro de 2016


POLUIÇÃO DA METRÓPOLE

O pó preto de minério e a cumplicidade chapa branca!

A poluição não tem fronteiras municipais e o vento em mudança constante generaliza o sofrimento nos pulmões dos cidadãos da metrópole capixaba. O problema que vem sendo varrido para debaixo dos tapetes das prefeituras e com a conivência dos órgãos ambientais do estado somente agudiza com o tempo. As secretarias de meio ambiente dos municípios da Serra, Vila Velha, Vitória e Cariacica não atuam em parceria e somando-se a inatividade Instituto Estadual de Meio Ambiente transformam o poder público em conivente com as doenças da população e sua morte precocemente anunciada. É perceptível que o ar da Grande Vitória está contaminado com minério de ferro e a respiração dos moradores da metrópole prenuncia uma morte silenciosa pela poluição ambiental, com doenças cardiovasculares crônicas, infecções respiratórias agudas e câncer de pulmão. As estatísticas médicas comprovam aquilo que o poder público acovardado não enxerga e ainda ajuda complicar com uma cortina de fumaça de discussões intermináveis, CPI´s insolúveis e judiciário calado.
É impressionante o descaso do Estado (executivo, legislativo e judiciário) com relação a este desastre ambiental que mata silenciosamente milhares de cidadãos da metrópole capixaba. É um silêncio assustador (parodiando Sófocles). Com toda a tecnologia de pesquisa, com todo aparato técnico e órgãos ambientais estruturados com essa competência exclusiva, ainda não se tomou nenhuma medida preventiva ou de reparação financeira dos gastos que a sociedade capixaba tem com a manutenção de hospitais e tratamento das doenças ambientais.
Antigamente o Estado legalizava a escravidão, a segregação racial e o holocausto e hoje em dia mantém a aniquilação ambiental de populações. As cenas de nevoeiro de poluição na China e as nuvens de pó preto na Grande Vitória tem a mesma resposta do poder público: silêncio dos cúmplices. É reveladora a conivência dos órgãos ambientais da Grande Vitória, seu obsequioso afastamento do debate, sua calada subserviência aos maiores poluidores e sua covarde ação contra os pequenos agricultores e empresários urbanos.
A metrópole capixaba precisa de uma ação conjunta das prefeituras, com suas secretarias de meio ambiente, do apoio integrador do governo do estado, de um legislativo atuante e uma justiça atenta para enfrentar essa situação calamitosa e buscar alternativas de minorar os problemas ambientais, conseguindo uma compensação social das empresas poluidoras com investimentos em saúde pública.


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