Polícia Metropolitana
A elaboração de um
Plano Integrado Metropolitano da Grande Vitória ainda não foi iniciada pelo
governo estadual. O projeto de uma lei instituindo esse Plano Metropolitano
deve propiciar uma discussão mais democrática e mais aprofundada. Entretanto, uma
das questões prioritárias para a população é a segurança pública. E novamente
somos levados pela lógica da integração metropolitana na busca de um melhor
caminho para solução deste problema. É claro que as iniciativas do poder local,
na tomada de sua responsabilidade pela segurança da população é,
necessariamente, a criação da guarda municipal. As propostas de prefeitos de alguns
municípios, é uma boa iniciativa e exemplo que deve ser seguido. Também deve
ser encarado com um primeiro passo na cruzada contra a violência e deve ser
acompanhado pelos outros municípios da Grande Vitória.
Entendemos que os
municípios da região metropolitana devem juntar suas forças para combater o
crime. E novamente somos provocados com o enigma do “ovo e da galinha”.
Primeiro os municípios devem criar suas guardas para depois unificá-las? Ou
seria o oposto: devem criar uma polícia comum na região metropolitana para
depois estruturar sua polícia municipal setorizada? Esse falso dilema não deve
paralisar as ações governamentais.
Uma polícia
metropolitana pode ser mais eficaz e eficiente, na medida em que estaria
espacial e hierarquicamente sob um mesmo comando. No entanto essa fórmula de
integração metropolitana parece estar muito longe de ser achada pelo Governo
estadual e prefeituras. Principalmente, como já alertamos, pela diversidade de
interesses das forças políticas nos municípios da Grande Vitória. Outro
agravante é a falta de um recorte constitucional, onde se encaixariam as
metrópoles, provocando questionamentos sobre a autonomia municipal e o papel do
Governo estadual.
Apenas podemos
constatar que os interesses políticos cristalizados nos municípios da Grande
Vitória estão se sobrepondo ao interesse público de uma metrópole bem
administrada. Assim, a lógica de criação de novos municípios segue as normas
constitucionais e são usadas porque estão servindo à classe política.
Entretanto a Região
Metropolitana não tem a questão da segurança pública como uma prioridade das
autoridades com ações efetivas para garantir tranquilidade da população. Desse
modo, entendemos que poderia ser feito um convênio de cooperação técnica e
institucional entre o governo estadual e as prefeituras para a formulação de
uma política metropolitana de segurança pública. Esse marco legal seria
aprovado pelas câmaras de todos os municípios e pela Assembléia Legislativa,
definindo o território e as ações conjuntas contra o crime. A criação de uma
polícia metropolitana seria a integração desta parceria. O comando seria
indicado pelo Governo estadual e deveria ser referendado ou vetado pelas
Câmaras Municipais e pela Assembléia. Assim, o poder de polícia Metropolitana
seria integrado e a co-responsabilidade seria dos municípios metropolitanos e
do Estado.
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