METRÓPOLE DO FUTURO
A ruptura no território
das metrópoles provocada pela quarta onda da revolução digital transformará os
espaços urbanos e a atividade humana. A civilização urbanóide terá de adaptar seu
território a essa nova forma de vida tecnológica e isso implicará em repensar o
uso e ocupação do solo nas cidades. A amplitude na absorção e implantação
dessas novas tecnologias em sua infraestrutura territorial irá diferenciar as
metrópoles como lugar de prosperidade e produtora de conhecimento, definindo
sua posição na competição global.
O sistema de cabeamento
ótico e a banda larga de alta velocidade, com a incorporação de tecnologias
digitais no transporte, no consumo e produção de energia. A reciclagem de
resíduos sólidos e do saneamento em plataformas digitais, bem como na
racionalização de abastecimento, na gestão do trânsito e na segurança pública
tornarão a cidade cada vez mais eficiente. Será, pois, a metrópole, um local
privilegiado de produção da economia criativa com uma prosperidade compatilhada.
Uma alteração possível será
a expansão para uma região maior de influência direta, na medida em que a
utilização de plataformas para o trabalho e as alternativas com aplicativos de
transportes proporcionarão um espalhamento das cidades. Paradoxalmente, as
cidades também necessitarão de espaços de convívio e interação social
centralizadores, como bases para congraçamento das comunidades virtuais e as
necessárias catarses físicas para consolidação da identidade coletiva.
Essas espacialidades impulsionarão
nas metrópoles o policentrismo, onde as comunidades virtuais escolheriam
lugares de convívio e troca de experiências grupais. Os eventos combinados em
rede aconteceriam em locais (praças, parques ou estações de metro) que não
foram inicialmente projetados para essa finalidade, permitindo uma
flexibilidade maior no solo e melhor utilização da infrestrutura. Os diversos
centros da metrópole também aumentarão suas especializações de acordo com os
interesses de grupos ou por serviços, tais como regiões com centros médicos,
compras de roupas ou eletrônicos, comidas e conglomerados de educação e
treinamento, dentre outros.
Os edifícios serão
reprogramáveis, mudando seus usos de acordo com os interesses locais e se
adaptando rapidamente às novas atividades demandadas. Ou poderia ter múltiplos
usos agendados e controlados digitalmente de acordo com as necessidades das
comunidades virtuais, ou seja, um prédio pode ser um centro social, um ginásio,
uma feira, uma boate, um teatro, uma escola ou outros usos adaptáveis.
Na medida em que essas
infraestruturas em tecnologias de informação e comunicação conectem cidadãos,
governos, empresas, fábricas, consumo e equipamentos educacionais, as metrópoles
serão espaços de experimentação, geração de conhecimentos e pólos
transformadores de idéias em valores na economia global.
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