A CIDADE COMPLEXA
A compreensão do fenômeno urbano e a instituição de um imaginário
da cidade somente se faz com um pensamento complexo. Esse pensamento complexo pode lançar alguma luz sobre a urbe,
enquanto processo de produção social do espaço, e ainda sobre o imaginário da
cidade. Portanto, para a constituição desta complexidade urbana na sua
totalidade e ao mesmo tempo entender melhor o que é um elemento espacial informacional. Isto é: qualquer elemento construído, natural ou cultural que se percebe através dos sentidos humanos como parte da cidade.
Entretanto,
mesmo que na maior parte das cidades as ruas, calçadas e praças embora sejam
elementos espaciais reconhecíveis do ponto de vista simbólico, e embora como um
repertório espacial humano quase que universal, estes são prenhes de atributos
de acordo com a sua localidade, de acordo com aquela cidade específica.
Assim, esse valor ou atributo simbólico engendrado nesse elemento urbano cria um
imaginário apenas na mesma medida em que este esteja localizado e faça parte de
um sistema espacial mais amplo.
Essa complexificação da sociedade urbana em
redes intricadas de relações, por outro lado
tende a uma necessidade de homogeneização, uma lógica sistematizada com representações redutoras e, conseqüentemente, simplificadoras. A cidade passa a ter uma imagem reduzida com sentido “hologramático”,
onde a parte não somente está no todo, como o todo está inscrito na parte.
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