quarta-feira, 23 de março de 2016

GUERRA DO COCÔ METROPOLITANO

A guerra do cocô metropolitano foi provocada por um desarranjo das autoridades da Prefeitura de Vitória quando divulgaram um relatório fedorento que mapeava o DNA do esgoto da metrópole capixaba.  É um factoide sem a mínima coerência técnica e um desrespeito com a população de todos os municípios. A diarreia verbal das ditas “autoridades” fecais extrapolam o bom senso e a higiene mental dos cidadãos.

Desconhecer as peculiaridades de cada município da metrópole e os históricos baixos investimentos em saneamento básico em Cariacica, Vila Velha e Serra, que deveriam ser realizados pelo Estado; em comparação com a privilegiada situação da Capital e seus diversos planos de saneamento bancados pelo governo estadual, cheira muito mau.

Chega a feder como uma deterioração moral quando o prefeito da capital atribui a outras cidades, do entorno da baía de Vitória, a responsabilidade pelos esgotos que poluem os mares. A incontinência do pretenso relatório da prefeitura da capital chega ao cúmulo de afirmar que 90% do esgoto jogado no mar vem dos municípios vizinhos. Ou os habitantes da capital estão com prisão de ventre ou as autoridades da capital estão com todo o restante desse percentual na cabeça.

É degradante ver e ouvir esse tipo de coisa de governantes. Só mostra o seu despreparo e a falta de asseio com a coisa pública ao tratar com temas tão importantes quanto o saneamento básico. A saúde da população metropolitana merecia uma discussão menos fedida.


Antonio Chalhub é arquiteto, urbanista e Mestre em Urbanismo.

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